Aqui, trazemos de forma resumida os passos metodológicos utilizados para elaborar os mapas e as análises. O objetivo desse breve estudo não é de fazer estimativas precisas nem prognósticos elaborados; buscou-se, analisando os dados secundários disponíveis, trazer avaliações qualitativas e simples sobre o COVID-19 e sua possível evolução em Fortaleza!
Dados secundários utilizados
- Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (Link)
- Dados do Censo Demográfico 2010 (Link)
- Pesquisa Nacional de Saúde (Link)
Premissas
- A estrutura demográfica do Censo 2010 é considerada representativa da situação atual em Fortaleza, 10 anos depois. Apesar da distância temporal, o Censo 2010 ainda é a principal fonte de informações demográficas para Fortaleza.
- No cenário hipotetizado, foi assumido que haveria incidência da doença de forma uniforme em todas as regiões de Fortaleza. Assumiu-se que, da população vulnerável, 50% dos indivíduos seriam levados a procurar assistência médica (leitos).
Distribuição da demanda por assistência médica entre os hospitais
- Para a repartição da demanda entre os estabelecimentos de saúde, utilizou-se um modelo gravitacional com formulação simplificada (Modelo de Huff). Trata-se de um modelo de interação espacial que calcula as probabilidades da população contaminada (demanda) de procurar cada estabelecimento de saúde do seu entorno. A formulação matemática é mostrada abaixo:
- O modelo gravitacional utilizado calcula, para cada zona "i", a probabilidade dos indivíduos de acessarem cada estabelecimento "j" no seu entorno. O modelo leva em consideração a atratividade de cada estabelecimento ("Sj", medida pela quantidade de leitos) e a distância até o estabelecimento ("Tij").
- Apesar de ser considerado um modelo de interação espacial simples, esse modelo leva em consideração dois aspectos fundamentais: os indivíduos tendem a carregar mais os estabelecimentos de saúde maiores, com maior quantidade de leitos, e tendem a procurar estabelecimentos próximos do seu domicílio